domingo, 24 de outubro de 2010

Nous avons réussi!!!!


Pessoal, antes de mais nada queremos deixar claro nosso agradecimento a Deus por essa oportunidade que Ele nos deu e sabemos que assim como tudo deu certo nessa etapa tão importante, Ele também estará conosco nas etapas que virão!!!
Quero também agradecer a todos que estiveram orando por nós e torcendo para que desse tudo certo, pois sem o apoio de vocês não teríamos referências sobre a Mme. Isabelle, que nos ajudou e muito! (Apesar de que nosso script foi um pouco diferente... vcs vão ver!) E a força daqueles que já estão lá no Québec, os que estão se preparando pra ir, e até os que ainda enviarão o processo que também sabemos que estiveram na torcida e que queremos compartilhar nossa alegria com todos vocês!
Bem pessoal, nós fomos à Salvador no dia 21/10, e nossa entrevista era no dia 22, e então havíamos conhecido o casal que faria a entrevista antes de nós, e eles são de Aracaju, e então aquele casal abençoado disse que nos pegaria no aeroporto, pois era caminho até chegar lá em Ondina, já que eles ficaram no hotel Bahia Sol e Mar, bem próximo ao Othon, e nós ficaríamos no próprio Othon, o que nos deu uma tranquilidade e uma segurança muito boa, pois sabíamos que podia estar chovendo ou fazendo sol que não teríamos problemas em pegar o elevador até o famoso 12 andar! kkkk
Ou seja, caso alguém vá fazer a entrevista em Salvador e se a diferença de valores não for muito grande, recomendamos fortemente a estadia no Othon, e que também fomos abençoados com uma vista maravilhosa da praia e daquele marzão! E além disso eles tem TV a cabo e TV5, então até assistimos um programa que mostrava os tipos de maçãs e tomates do Québec!
Bem, no dia 22/10 de manhã nos arrumamos cedo e esperamos Jr e Marina no nosso quarto para que fôssemos todos juntos ao 12 andar, e então fomos todos tensos e ansiosos e esperamos ao lado do famoso piano que fica em frente aos elevadores. Papo vai, papo vem, caminhadas aleatórias e orações, eis que Mme. Isabelle aparece na porta, que convenhamos, tem mais cara de baiana do que de québecoise, mas muito simpática, magra e aparentemente bem tímida, os chamou e então entraram.
Após não sei quanto tempo, pois estávamos sem celular e sem relógio, e após ensaiar várias vezes em francês e inglês as possíveis perguntas, eles saem da sala suados e sorrindo pois tinham passado!!! Que alívio!!! Até parecia que já tinha sido o nosso CSQ que já tinha sido impresso, e após os abraços e sorrisos, eis que volta o clima de tensão... Éramos nós então!!! Olhávamos para a porta esperando ela aparecer e então em menos de 10 minutos ela apareceu e já fomos direto pra porta e então eu soltei um “Allez-vous bien?”, e ela apenas deu um sorriso e ficou muda. Pensei: “Eu falei o verbo certo?”, bem, já era!
Entramos na sala e ela desliga o ar condicionado (momentos de tensão! rsrs) e então ela se senta e diz que nós aplicamos para o processo de imigração e que essa entrevista seria para comprovar o que nós havíamos enviado. Então ela começa perguntando se nós éramos casados, e quando eu confirmava, ela solta também a pergunta que não tínhamos filhos e então a primeira investida com um grande sorriso: “Pas encore!” Ela sorriu e então informei que Rafa estava grávida. Ela soltou um “Félicitacions!”
Então demos certidão de casamento e passaportes, e então ela já perguntou se havíamos ido ao Québec alguma vez, então rapidamente pensei: “Opa, já saiu da ordem das perguntas?” - Foi a partir deste momento que tudo que eu tinha ensaiado e preparado simplesmente desapareceu da minha cabeça!!! 
Disse então que não havia ido ao Québec mas disse que tinha ido aos Estados Unidos e que trabalhei na McDonalds (nessa hora ela deu um sorrisinho, não sei qual o motivo, mas...) e que passei pouco tempo lá, pois tive que voltar ao Brasil para começa a trabalhar na empresa que hoje sou empregado. 
Então ela perguntou sobre meu diploma e expliquei que não havia enviado o diploma porque ainda não tinha sido emitido e perguntou a Rafa sobre a formação dela (Primeira pergunta diretamente para Rafa) e ela disse que iria terminar a faculdade em dezembro. Ela pediu a comprovação do ensino médio de Rafa e então aproveitei para falar que ela era QUASE formada, Rafa falou que era QUASE mãe (isso não foi combinado, saiu na hora), e então falei que nós QUASE tínhamos mais alguns pontos, e então Mme. Isabelle riu novamente.
Aí ela emendou perguntando com o que eu trabalho, então eu falei o que tinha ensaiado (aeeeee) e então ela pergunta se tenho comprovantes disso (já tinha esquecido que tinha carteira de trabalho e contra-cheque pra mostrar) e então já abri na página dos empregos, e então como ela não sabe NADA de português, ainda falei que na página da esquerda estava a comprovação do último emprego, e ao lado direito do emprego atual.
Ela então perguntou o que eu fazia no emprego anterior e disse de novo o ensaiado (aeee) e então ela vira pra Rafa e perguntou a ela em que ela trabalhava. Rafa então explicou que tinha saído do emprego pra poder se preparar para a imigração e para terminar a faculdade mas também falou o que fazia no último emprego. (Segunda pergunta para Rafa)
Então ela perguntou o que me chamava a atenção no Québec, ou seja, a famosa questão “Pouquoi le Québec?”. E então mais uma vez rápido na minha cabeça pensei: “cadê os comprovantes do francês e inglês? Mas não sabia eu que ela ia chegar lá...”.
Na minha cabeça isso foi algo capcioso, pois ela queria saber o que me chamava a atenção lá, então falei que lá poderíamos ter boas oportunidades de emprego com boas condições de trabalho, e que além disso nós procurávamos um lugar que tivesse uma boa qualidade de vida, com bons níveis de segurança, de educação, de saúde. Disse que Aproveitei e perguntei se poderia mostrar a ela algo que havíamos feito, ela disse que sim e então retiramos o mapa colorido de Trois-Rivieres que mandei imprimir numa gráfica com todoas as marcações com as possíveis ofertas de aluguel espalhadas pela cidade, os pontos prioritários no centro da cidade onde deveríamos ir para solicitar o NAS, Assurance Maladie, Emploi Québec e etc e ela então não esboçou nenhuma reação. 
(Nessa hora me preocupei, porque ela fica sempre olhando nos seus olhos, mas nesse momento ele começou a ter um olhar perdido enquanto eu falava olhando pra ela, aí pensei que eu tava falando algo que todo mundo falava, aí...)
Aí inventei de dizer também que lá eu seria reconhecido pelo meu curso superior, e que aqui no Brasil não sou reconhecido por isso, até porque (aí foi minha única pisada na bola) um motorista que também trabalha pra o governo ganha mais do que eu e tal, e ele não precisa de curso superior, aí na hora ela falou que no Québec um motorista de ônibus poderia ganhar mais do que ela, e então retruquei no mesmo instante e disse que isso não me preocupava pois minha intenção não era ficar rico ou ganhar 10 vezes mais que um motorista, mas a discrepância que existe aqui me incomoda, e que com isso aqui eu não poderia viver com conforto e tranquilidade, e lá no Québec isso era possível, pois o custo de vida era muito bom, principalmente Trois-Rivieres. Ela engoliu e aceitou! ufa! 
E na minha cabeça: “Isso não tava no script e tá começando a demorar demais... “
Então ela perguntou desde quando estudávamos francês e disse ao mesmo tempo que entregava as declarações do francês, e então ela virou pra Rafa e perguntou se ela também fez os mesmos cursos e ela falou que sim (Terceira pergunta para Rafa) e retiramos da pasta mas ela nem quis olhar. Viu então meu certificado do ECCE (Examination for the Certificate of Competence in English) e então se lembrou do começo da entrevista que eu tinha falado que tinha ido aos EUA e perguntou em inglês o que eu havia feito nos EUA e o que eu mais gostei de lá. (Como assim? Também não ensaiei isso!!! kkk)
E lá fui eu resgatar o inglês macarrônico do baú e então falei que fazia 5 anos que havia ido lá e então meu inglês estava enferrujado, e falei que o que gostei mais foi porque fiquei em uma cidade pequena - Ela me interrompeu e perguntou onde ficava (Pra que era tímida estava falando demais!!!) - Falei que no estado de Montana, próximo à fronteira da província de Alberta, e falei que gostei muito da cidade pois tudo era perto e poderíamos ir andando para qualquer lugar e por isso eu também gostaria de Trois-Rivieres e que mesmo sendo uma cidade pequena tem várias oportunidades de trabalho (essa parte acabou saindo em francês, aí percebi, fiz uma careta, disse SORRY e voltei e falei a frase em inglês! kkk).
Em inglês falei que era difícil mudar a chave  do francês para o inglês, e ela sorriu. Aí então voltamos pra o francês e ela perguntou o que eu pensava que iria fazer no Québec, então falei do meu plano A, plano B e quando estava mostrando a ela as ofertas de emprego, ela nem quis ver, então também nem falei do plano C. Ela se virou e perguntou a Rafa então o que ela pensava que iria fazer lá (Quarta pergunta para Rafa) e então Rafa disse que sabia que assim que chegasse lá sabia que seria difícil trabalhar imediatamente por causa do bebê e disse que poderia trabalhar em uma garderie mas que teria intenção de trabalhar na área e que também poderia continuar a fazer artesanato, e que a mostrou uma página impressa com algumas fotos de bonecos de biscuit que ela fazia, então Mme. Isabelle pegou a página e sem reação alguma devolveu a folha.
E então do nada ela vira pra mim e pergunta o que eu achava que iria gostar do Québec. (Como assim? Senti que algo estava errado, ou faltavam pontos ou ela tinha se soltado no último dia de entrevistas, e então joguei um sorriso no rosto, joguei um olhar 45, lembrei de todas as técnicas de oratória que eu ensino a tanta gente e pensei: E lá vamos nós!!!) Disse então que gostaria muito do frio, já que eu e Rafa não suportamos o calor e que outra coisa que meus amigos que já estão lá afirmam muito é que os québecas eram pessoas super gentis, tranquilas e muito bem-educadas. Nesse momento ela deu um risinho de lado meio envergonhada pelo elogio e então se encostou na cadeira (relaxou, segundo a linguagem corporal) e se virou pra o notebook e começou a digitar desesperadamente.
Silêncio de 1 minuto.
Ela se vira pra mim sorrindo e diz que está terminando nosso dossiê e levaria alguns minutos. (Droga, pensei que ela já ia dizer que tínhamos sido aceitos!)
Nesse momento peguei na mão de Rafa e então a cabeça vai a mil e enquanto ela digitava e já estava pensando o que eu ainda não tinha mostrado pra poder falar um pouco mais pra convencê-la, e até a ultra-som tínhamos levado e nessa hora pensei em mostrar mas ao mesmo tempo não queria interrompê-la.
E então ela olha para a data do nosso formulário que estava sempre ao lado dela checando tudo durante a entrevista e comenta que nosso processo havia sido rápido, pois realmente foi, pois após 2 meses de termos enviado os documentos estávamos fazendo a entrevista, e então ela falou algo sobre demora de processo de amigos, então foi a primeira vez que não entendi quando ela falou, pedi desculpas e então ela repetiu da mesma forma, falando muito baixo e na mesma velocidade, então fui falar baseado no que eu tinha entendido pois não pediria pra ela repetir de novo, pois se ela voltou a falar comigo, algo de errado tinha, pensei eu, faltavam pontos ou algo do tipo, e perguntar de novo seria algo ruim. (Como nossa cabeça fica a mil por hora, conseguimos pensar tudo isso em milésimos de segundo!)
Falei que acreditava que o problema não era o processo provincial, pois tenho vários amigos que foram chamado rapidamente também e que o problema era a emissão do visto, que estava demorando em média 10 meses, que era um exercício de paciência, e ela riu de novo. (Rafa já tava achando que ela tava me paquerando! kkkkkk)
Silêncio de mais um minuto e muita digitação e conferência de uns papéis que ela tinha ao lado dela.
Mais uma vez ela volta pra mim e me pergunta como tem sido o aprendizado do francês. (Caramba, isso não acaba nunca? Eu não imaginava que ela ia sair TANTO do script das últimas 2 semanas... E lá vamos nós de novo...)
Falei que eu estava respirando o francês o tempo todo, pois apesar de que já falava um pouco de inglês, disse que desde quando comecei a estudar francês, gostei MUITO MAIS da língua pois parecia mais com o o português (nesse momento ela assertiu com a cabeça) e que eu ouvia aulas de francês no iPod, lia as notícias na internet em francês, meu google estava em francês, o sistema operacional do meu computador era em francês e até mesmo meu celular estava em francês, e que inclusive até minha mãe quando tentava usar meu celular dizia que não entendia nada e reclamava! (Sobrou pra minha mãe, mas pelo menos a Mme. isabelle riu de novo... rsrsrs)
Mais um minuto de silêncio e digitação e então...
Ela olha pra mim e quando eu espero a famosa frase ela me pergunta o que mais eu gostei nos EUA e o que eu achei interessante. (Fala sério! Isso tava virando um teste cardíaco, e não de francês!)
Falei mais uma vez que gostei do frio e que apesar de que muita gente falou que os americanos eram frios e insensíveis, disse que conheci muita gente legal e que não achava isto, mas também falei que não gostava do fato de que eles eram muito atemorizados e paranóicos sobre terrorismo e tal, aí ela falou: “É verdade, eles tem armas!”. Fiquei meio sem reação pois não tava esperando mais nada e completei que eu definitivamente não gostava de armas e que queria viver num lugar tranquilo e calmo, como o Québec, e principalmente Trois-Rivieres!
Ela dá um sorriso e volta a digitar e o silêncio volta a sala.
Eu já estava exausto e então em mais uns 2 minutos ela volta pra mim e quando eu pensei que já vinha outra pergunta ela falou que aceitou nosso dossiê e que tínhamos sido aprovados, saiu um MERCI, MERCI, MERCI BEAUCOUP com os olhos cheio de lágrimas e então a impressora começou a funcionar e então eu e Rafa nos olhamos e sorrimos e Mme. Isabelle nos deu nossa via do CSQ enquanto assinava as outras vias e Rafa então viu que no meu CSQ tinha um F (Francófono) na seção de conhecimento linguísticos e olhou pra mim e me mostrou, então falei pra Mme. Isabelle que ela era muito gentil e que eu não era francófono, mas ela falou que eu era sim, como francês como minha segunda língua. Sorri e agradeci e então ela começou a explicar que tínhamos um ano pra enviar o CSQ e tal, que tínhamos direito a francisação online e que nessa hora ela solta todo o sotaque dela e fala muito rápido mas deu pra entender tudo, aliás, apenas um momento que minha mente foi longe e tive um flashback de todo esforço  e toda ansiedade por aquele momento de tanta felicidade e então pensei, ops, tenho que voltar a prestar atenção nela. rsrsrsrs
Quando terminou de falar ela ficou olhando para nossa cara calada, então entendi que deveríamos sair e então agradeci mais uma vez, perguntei se tinha algo mais, ela disse que não, e nos despedimos e saímos da sala e encontramos Jr. e Marina que estavam nos esperando do lado de fora. Que alegria!
50 minutos no total e 5 minutos dela explicando a parte final após a entrega dos CSQs.
Bem pessoal, espero que não tenha esquecido nada e somente aconselho a quem vai fazer a entrevista, quer seja com ela, quer seja com qualquer um, que vá preparado para TUDO, e que é essencial sim a preparação para a entrevista pois ela deve ter a confirmação das informações que foram fornecidas nos formulários, mas pode acontecer o que aconteceu conosco, e então vai depender de muita dedicação ao francês.
Agradecemos novamente a todos que torceram por nós e... Trois-Rivieres, aí vamos nós!
Deus os abençoe!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

POSITIVO!





Pois é pessoal, é com muita alegria que informo a vocês que após lermos hoje em um resultado de exame de sangue a palavra POSITIVO, concluímos que em breve teremos que solicitar a inclusão de mais um (?) ou uma (?) pessoa no processo de imigração!


Se estou feliz? Muito! Sempre sonhei em ser pai!


Nossos planos mudaram por causa disso? Não! Talvez apenas adiaremos um pouco mais nossa ida, pois do jeito que as coisas andam no consulado para emissão do visto, dá tempo da criança nascer aqui ainda no Brasil...


E ainda por cima temos a entrevista agora nesse mês... Eita mês abençoado!


E como fica a cabeça pra estudar francês com toda essa agunia? kkkkkkk


Sabemos de uma coisa: Nosso Deus é soberano e sabe todas as coisas e o que é melhor para nós. Nada é por acaso e cremos que Sua vontade é boa, perfeita e agradável, principalmente sabendo que TODAS as coisas cooperam para o bem daqueles que O amam, portanto, damos glórias a Ele por isso e Ele nos dará suas bênçãos sem medidas a cada dia na hora certa! 


:D